Parece que a nova forma ideológica de legitimação da democracia chamada "cinismo" atingiu seu ápice com nosso querido Barack Obama.
Ao receber o prêmio nobel da paz, Obama declarou na própria cerimônia de recebimento do prêmio que a guerra no Afeganistão era necessária e que os Estados Unidos têm o papel de eliminar o "mal no mundo"... Chegando inclusive a ser aplaudido pelos republicanos que há cerca de alguns meses atrás tentavam desesperadamente aproximar a imagem de Obama de figuras da esquerda radical como Fidel Castro e até mesmo Lenin.
Cheguei a especular, em posts passados, um possível destino trágico para Barak Obama. Acho que chegou a hora de corrigir alguns prognósticos... obviamente que o fatalismo trágico em relação a Obama não é necessariamente a única opção. Obama poderia simplesmente negar (cinicamente) tudo aquilo que ele parecia representar durante as eleições.
E, além disso, considerando que o tempo da Democracia (e do fim da história) já se foram com o derretimento financeiro de 2008, que agora finalmente se escancara a relação entre democracia e totalitarismo, é perfeitamente possível que uma figura como Obama tenha pautas aberta e cinicamente reacionárias como a de seu antecessor "red neck" George Bush... Parece que enquanto Berlusconi leva uma "estatuada" na cara, seu modelo político de "exceção democrática" se espalha pelo mundo todo...
Mais uma vez repito: só nós, comunistas, podemos salvar o mínimo de democracia ainda existente no mundo.