A foto explica bem.
Após séculos de tentativas fracassadas de tentar transformar o mundo num lugar melhor... o reconhecimento, por parte das novas gerações, de que o futuro já não é mais uma promessa, como diria Umberto Galimberti, não nos faz sentir assim? Como que de mãos atadas em decorrência da nossa própria brincadeira. Brincadeira de ser Deus, ter a verdade, dominar a natureza (inclusive a humana)
Para alguém que teve uma formação socialista de berço, o reconhecimento da modernidade como o esgotamento das utopias uniformizantes, embora possa ao honrar a tradição utópica que Marx nos legou, nos faz reconhecer nele um projeto que como todos os outros estão fadados ao fracasso...
Talvez seja essa a minha angústia... a de ter que romper, repentinamente com um grande pai e, a partir daí, reconstruí-lo sem saber que pedaços se perderão neste processo.
Bem vindos ao meu Eventuário.
2 comentários:
vc ja repensou esse post, nao é mesmo?
Como diria um velho poeminha meu:
"Não busco um futuro,
essa máquina de desenganos.
Não planto nem planejo.
Se eu me for agora,
Antes que perca meus humanos
direitos, ainda valerei uma reza."
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