Zizek falou em como a queda do muro de Berlim representou, quando todos achavam que estavam diante do "fim das utopias", A Grande Utopia: a utopia do neo-liberalismo, a utopia da "fórmula" capitalista e democrática, nomeada por Francis Fukuyama como "O Fim da História".
Neste período o capitalismo "entra em férias": Entra em férias porque, de bermudão e óculos escuros, sai livre pelo mundo para gozar plenamente de seus imperativos de expansão e acumulação sem a resistência da esquerda, ainda aturdida pelo trauma da queda do muro, pelo colapso dos regimes socialistas do leste europeu. Em meio a esta desorientação, a esquerda se tornou, ela própria, fukuyamista.
No Brasil, o fim da história aconteceu com uma especificidade peculiar: foi a ascenção do PT ao governo. Ao contrário da expectativa (de alguns), o governo Lula não representou (como prometera em 2002 quando disse que sua prioridade número 1 era a reforma agrária!) as transformações e reformas burguesas de base que permitiriam a articulação mais ampla da esquerda militante, dos movimentos extra-parlamentares, que fariam o trabalho em conjunto com um governo à frente do parlamento burguês/contra o parlamento burguês. Do contrário, o Partido Termidoriano, jogando no lixo toda a brilhante militância (de alguns) de seus membros, estagnou o embate político eleitoral numa oposição à là Pepsi X Coca-Cola, a oposição PSDB (Pepsi) X PT (Coca-cola), importando o modelo democrático americano de duas direitas e instaurando de uma só vez um clima de Medo e Cinismo: os que votam no Partido Termidoriano votam ou por medo (de que o tucanato volte ao poder) ou por cinismo (reproduzido no predicado fetichista "eu sei bem que o PT não é mais de esquerda, que não tem mais compromisso efetivo nenhum com os movimentos sociais, mas mesmo assim..."). O "ser social petista" (como diz meu amigo Choinski) é covarde ou cínico.
Diante disso, festejamos a candidatura de Plínio Sampaio que, esperamos, é um primeiro passo para a reorganização e reaglutinação da esquerda (da verdadeira, aquela que não se acovarda e não se mantém dúbia quanto a seus princípios) que ainda resta neste país, aquela que se mantém, como disse o próprio Plínio, com a "cabeça fria e o coração quente!" - pois é Iluminista na metodologia e Jacobina na esperança!
Neste período o capitalismo "entra em férias": Entra em férias porque, de bermudão e óculos escuros, sai livre pelo mundo para gozar plenamente de seus imperativos de expansão e acumulação sem a resistência da esquerda, ainda aturdida pelo trauma da queda do muro, pelo colapso dos regimes socialistas do leste europeu. Em meio a esta desorientação, a esquerda se tornou, ela própria, fukuyamista.
No Brasil, o fim da história aconteceu com uma especificidade peculiar: foi a ascenção do PT ao governo. Ao contrário da expectativa (de alguns), o governo Lula não representou (como prometera em 2002 quando disse que sua prioridade número 1 era a reforma agrária!) as transformações e reformas burguesas de base que permitiriam a articulação mais ampla da esquerda militante, dos movimentos extra-parlamentares, que fariam o trabalho em conjunto com um governo à frente do parlamento burguês/contra o parlamento burguês. Do contrário, o Partido Termidoriano, jogando no lixo toda a brilhante militância (de alguns) de seus membros, estagnou o embate político eleitoral numa oposição à là Pepsi X Coca-Cola, a oposição PSDB (Pepsi) X PT (Coca-cola), importando o modelo democrático americano de duas direitas e instaurando de uma só vez um clima de Medo e Cinismo: os que votam no Partido Termidoriano votam ou por medo (de que o tucanato volte ao poder) ou por cinismo (reproduzido no predicado fetichista "eu sei bem que o PT não é mais de esquerda, que não tem mais compromisso efetivo nenhum com os movimentos sociais, mas mesmo assim..."). O "ser social petista" (como diz meu amigo Choinski) é covarde ou cínico.
Diante disso, festejamos a candidatura de Plínio Sampaio que, esperamos, é um primeiro passo para a reorganização e reaglutinação da esquerda (da verdadeira, aquela que não se acovarda e não se mantém dúbia quanto a seus princípios) que ainda resta neste país, aquela que se mantém, como disse o próprio Plínio, com a "cabeça fria e o coração quente!" - pois é Iluminista na metodologia e Jacobina na esperança!
Um comentário:
cara, muito boa essa sacada Zizekiana de que as pessoas votam no PT pela ideologia do "fazer", sabem dos problemas do PT, mas agem como se não soubessem - não sabem que sabem.
abraços
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