"Como sempre (e, como sempre, várias pessoas sensíveis de quem gosto ficarão ofendidas), a delegação da democracia-por-vir não foi convidada" - Slavoj Žižek.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
A brief resume for the comming-pandemonium!
Tose are strange times!
Hugo Chávez has published in Cubadebate website an article with a breif resume of the latest most relevant events of the latin-american politics, whose denouement was the "installing" of new US military basis in Colombia. Chavez's incisive question was "who USA and president Uribe want to cheat by saying that Colombia's military basis do not represent a threat to Venezuela?".
Some years ago this question could be read as an exagerate egotism of Chavez's. But what about now, after Honduras? What every critical thought about the gorrilla-dictatorship in Honduras has to keep in mind is that the coup d'etat was not a plot hiddenly guided by bad men thirsty for blood! Things are pretty much as they appear: Obama is a nice guy! He smoked weed (and inhaled it!) with friends in university. His intentions are really the best possible and, certainly: better him than Bush. That is not the question.
The splits of the ongoing capitalist crisis, which has been happening since the seventies, when capitalism has reached its material limits of market expansion, when it has definitively consolidated itself on the entire globe cannot occur without oppening up a great fissure in democracy, its ideology par excelence!
Zizek, for example, in a lecture about his latest book written togeather with John Milbank (The monstrosity of Christ), by the way one of the best works of revolutionary philosophy of our time, talks about the process in which the US government and the FED decided for the emission of some 'x'illions of dollars to the financial system of United States. Whoever was accompaining this process since the 15th of september of the last year remembers: the decision for the emission of this irrepresentable amount of money was, in principle, vetoed by the yankee congress. As Zizek says, the message was quite clear: "We do not have time to play this democracy game right now! It has to be done, and that's all!"
It is this and only this that we are watching in Honduras: "we do not have time to interveine in the name of democracy in a country that has only, so far, exported bananas (by the 'help' of american multinational fruit companies, of course!)! We need to save GM and Co. firs!". (As Immanuel Wallerstein has said, Honduras lies amongst the latest priorities of the White House). Of course the small detail is that the "democracy war" on Iraq is still going. Everybody new USA did not really invade Iraq for the sake of democracy, against Saddam dictatorship (that guy who was publicly executed on youtube)... But ok! This was said, nobody could effectively protest aginst the invasion, United Nations proved itself, for the despair of the most honest liberals, totally unusefull, etc.
But now we are getting much more conscious that the real thing is Capital's global circulation and expansion, really! What does it mean, therefore, to install the military basis closed (or glued!) to Venezuela, the first of the latin-american countries to adopt an openly anti-capitalist and anti-imperialist politics after the continent "redemocratization"? Now that it doesn't matter, for Capital, to legitimize itself under the flag of democracy or any other reactionary dictatorship, only Lula can believe in a mere statement of president Uribe (Colombia) which "guarantees" that the basis will not act outside Colombia's territory. (Detail: we are talking here about dozens or hundreds of fighting planes that could make it from the source of the Amazon river to the Atlantic Ocean in twenty minutes or so.)
Besides, as i have already said in one of the latest posts, american left-wing wants desperately to see Obama's death! Now that Democracy versus Totalitarianism is a false opposition even to the Capital, that is to say, it shows itself as a false option not only to the marxist-hegelians most aware of the dialetical method, but even to the economic system, "Democracy, Human Rihts, Dictatorship, Military Men in power... It doesn't matter!" What would it represent, then, the murder of Obama? Certainly, he would not be murdered merely for the caprice of "intolerant racists from Tennessee". The right-wing would never loose any opportunity to take an even worse-than-Bush texan to power. An open coup d'etat in USA...
The best that could happen is Obama's renounce of his presidency with the condition that someone much worse would took over his place. Of course, "best" for Obama: after all, this attitude would give the appearence of legitimacy to this "power transition".
Recapitulating: Democracy cannot stand still by its own legs. Military dictatorship and a resilient position by one side and war on Iraq for the sake of Democracy by the other. The installing of military basis in Colombia glued to the most significant country in terms of political resistence agains imperialism and the Capital in Latin America. The possibility of an (explicit) ULTRA-conservative coup d'etat USA... The situation indicates, definitely, not a "much too good and safe" future, especially considering that this crisis is irrevirsible (because structural) and that the emergency state proclaimed by Giorgio Agamben has ironically started to manifest itself in Italy with Mr Silvio Berlusconi a mixture of a fascist with a comedy-movie-Mafioso: an amalgam between Mussolini and Danny DeVito.
Its better for us to think about Lula's roll in all this: while Bush was pulling the strings of imperialist geo-politics, Lula used to serve as a mediator between the confederate preisdent and Hugo Chávez. Now that we have Obama (who, i repeat, is a nice guy!) it seems that Lula is doing overtime in latin-american geo-political scenary. What about thinking on seizing the power once and for all and make the aliance that has already being formed between Chávez, Morales and Correa grow?
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Marina Silva para a política brasileira: um super-trunfo para o Capital Global?
É exatamente esta falta de Causa comum e de metaforização das reinvindicações políticas que leva Zizek a afirmar em Elogio da Intolerância que entre a direita reacionária e intolerante e o multiculturalismo liberal-democrata e tolerante, não existe diferença real. Não que ambos sejam simplesmente a mesma coisa, mas a lógica de compromisso com a ideologia é a mesma, vista de pontos diferentes. Por essa lógica compartilhada é que é possível amálgamas entre multiculturalistas e reacionários, como é o caso do polítco holndês Pim Fortuyn que como diz Zizek, era "um populista de direita cujas características pessoais e (grande parte das) opiniões eram quase todas politicamente corretas: era gay, mantinha boas relações pessoais com muitos imigrantes,um senso inato para a ironia, e assim por diante - em resumo, era um bom liberal, tolerante com relação a tudo, menos a sua atitude política básica".
E não é uma figura muito similar que temos com Marina Silva? Duas coisas me deixaram bastante intrigados com a forma como se anunciou a possibilidade de sua candidatura: em primeiro lugar, uma manchete na revista isto é, nenhum veículo de publicação muito esquerdista, falando com um certo entusiasmo na candidatura, e, hoje, um artigo da folha entitulado "Marina sai do partido e diz não ter mais ilusão". A ilusão a que se refere o título é a afirmação de Marina de que não tem mais ilusão em relação a partidos políticos, ou seja: eles não funcionam mesmo! E isto ela diz precisamente ao afirmar sua filiação ao PV. Esta não é a atitude cínica liberal caricata? Como é possível num regime partidário um político anunciar sua filiação a um novo partido ao mesmo tempo em que afirma que isto não é uma atitude sincera, de que nenhum partido, nem aquele a que se está filiando, funciona? Esta atitude não é possível somente pelo cinismo? Após esta indagação, eis que leio um artigo de Kennedy Alencar que revela a postura multiculturalista da senadora Marina Silva, ecologista fervorosa, mulher, evangélica etc, porém enfatizando a forma como esta postura multiculturalista está perfeitamente alinhada com posições conservadoras: sua posição anti-aborto, sua ligação com a igreja católica apesar de evangélica, etc. Claro que, se o modelo de conservador-multiculturalista foi Pim Fortuyn, a senadora talvez seja um pouco ou até bastante diferente. Mas no mínimo vemos a forma estranha de um multiculturalismo disposto a dialogar com as mais diversas culturas, desde que com ancoragem no conservadorismo de cada uma.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Já é hora de pensar!
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Um breve resumo do pandemônio-por-vir!
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Estilistas de Direita desenham o próximo paletó de Obama! (Um golpe de Estado Republicano nos EUA?)
Durante o breve período em que tenho acompanhado as notícias sobre honduras e a impossibilidade vindoura de sustentação do discurso democrático, o que chamei de fim do fim da história ou a negação da negação dos ataques terroristas de 11 de setembro, bem como a abertura do embargo a cuba e o mais recente conflito na Ossétia do sul, mais um país da antiga URSS que vêm se debatendo pra se enquadrar na gramática política global chamada de Democracia (burguesa) o fato é que a situação de Obama está cada vez mais insustentável.
Não vamos cair aqui no discurso de que a culpa seja, na verdade, do Bush... Creio que a culpa é o daquilo que Marx previu em seu Capital, livro 3, um processo de crise estrutural do capitalismo, de perda da representação simbólica do capitalista (um Marx que leu Lacan, quem sabe?) de reconfiguração da produção do lucro, sob o domínio do capital financeiro que nega a mediação da mercadoria para a produção de "mais dinheiro" e que, ao ser comentado há cerca de 2 anos atrás, parecia papo de maluco...
Pois bem, voltando à minha previsão, qual não foi minha surpresa quando vejo a notícia divulgada na "Daily Telegraph" do Reino Unido: "Barack Obama faces 30 death threats a day, stretching US Secret Service" [Barack Obama enfrenta 30 ameaças de morte por dia, incrementando o Serviço Secreto Americano]. Segundo a notícia do tablóide britânico, as ameaças de morte, desde que Obama tomou posse, aumentaram 400 por cento em relação à média de 3000 (sim: três mil!) ameaças por ano contra o "pseudo-presidente" George W. Bush.
Para piorar a situação do Obama (mas melhorar a qualidade das minhas profecias) dentre as ameaças de morte, o Serviço Secreto americano identificou um complô de "racistas brancos do Tenessee" que planejavam matar quase cem pessoas antes de dar o tiro definitivo em Barack Obama... e assim, o golpe de Honduras poderá acontecer também nos EUA! (Quem sabe um golpe de Estado Republicano?).
Quanto tempo demora até que os Berlusconi's subam ao poder no mundo todo?
sábado, 1 de agosto de 2009
Notas sobre o craque por vir (de Fernando Marcellino)
Um comentário de Marx sobre o craque é interessantíssima. Com o desdobramento da crise financeira, “o processo se complica tanto – com a emissão de meros papagaios, ou com negócios de mercadorias destinados apenas a fabricar letras – que pode subsistir a aparência tranqüila de negócio sólido e de retornos fáceis de dinheiro, quando há muito tempo esses retornos na realidade só se fazem mediante fraude contra prestamistas ou contra produtores. Por isso, sempre às vésperas do craque, os negócios aparentam quase solidez extrema... Os negócios vão muito bem, reina a maior prosperidade, e de repente surge a catástrofe” (idem, p. 640, 641). Desde dia 17 de julho de 2009 não se iniciou esse processo que reluz a véspera do craque?
Nos dentes
segura primavera.